Falo sobre um medo que faz incompleto. Um esconder-se sob tudo e todos sem coragem para a vida. Mas faz o tempo aprender que toda chance é, também, possibilidade de vitória, abrir os braços é sempre convidar alguém para chegar mais perto.
"Faz pouco tempo eu aprendi a contar" é bem assim. Em um ambiente escuro e monocromático, uma máquina de escrever fala sobre seus medos. Sem um papel onde registrar seus pensamentos, ela conversa consigo. Faz conhecer-se e se permite conhecer. Enfim, ela "aprendeu a contar" seus desejos e medos, quem é e o que gostaria de ser.
É apenas o início de uma caminhada, mas ter dado os primeiros passos foi o que fez de mais bonito até agora. A máquina, com seu conjunto de caracteres, sempre teve disponível a bênção de comunicar. Não fazê-lo era pecado, desperdício de viver. O seu quarto ainda é escuro e, mesmo que apenas sussurre, já é muito para quem sempre se privou da palavra sob pena do erro. Faz pouco tempo eu aprendi a contar. Faz pouco tempo eu descobri o quão bom isso me é.
Exposições
Mostra Coletiva 2008 da Sala Java Bonamigo. Luís Fernando, Rudinei Gomes Rodrigues e Simone Koubik Bortolanza. 11 de março a 09 de abril de 2008. Sala de Exposições Java Bonamigo, campus Unijuí. Ijuí, RS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário